segunda-feira, maio 28, 2012

Indignação: Pastor sugere campo de concentração para gays

O pastor Charles Worley da igreja "Providence Baptist Church" na Carolina do Norte - onde recentemente a discriminação contra cidadãos LGBTs foi codificada em lei - disse à sua congregação na semana passada que, os indivíduos LGBTs devem ser reunidos e detidos em campos de concentração até que estejam todos mortos.

Durante um sermão no dia 13 de maio, Worley repreendeu o presidente Barack Obama por declarar que casais do mesmo sexo devem ser autorizados a casar. "A Bíblia é contra eles, Deus é contra isso, eu sou contra isso...", disse o pastor. "Eu não vou votar em um assassino de bebê e um amante homossexual", acrescentou Worley.

Worley não parou por aí. Ele passou a oferecer uma "solução" para o "problema Gay": "Imaginei uma saída para nos livrarmos de todas as lésbicas e gays. Mas não vai passar no Congresso. Construir um grande muro, grande grande - 150 ou 100 milhas de comprimento - colocar todas as lésbicas lá dentro. Sobrevoar e soltar um pouco de comida. Faça a mesma coisa para as bichas e os homossexuais, e com cerca eletrificada, para que eles não possam sair, alimentamos eles, e você sabe que, em poucos anos, eles vão morrer. Você sabe por quê? Eles não podem se reproduzir! "

Isso te soa familiar?  Alemanha? Fornos? Judeus? Sim, esse tipo de solução. 

Um vídeo com seus comentários foi enviado ao YouTube na segunda-feira por cidadãos revoltados com as declarações do pastor. O grupo planeja protestar pacificamente do lado de fora da igreja Providence Baptist Church, no domingo, 27 de maio.

"Nossos ativistas se reuniram com o Departamento do Xerife do Condado de Catawba e obteve o sinal verde para o protesto no domingo", disse um representante do grupo. "Por favor, divulgue ao maior número de pessoas possível. Precisamos encher a rua em frente da igreja com pessoas com algum bom senso para dizer ao mundo que, o ódio não é bem-vindo em nossa comunidade. E, acreditem, o mundo está assistindo! " 

E não pensem que esse tipo de pensamento - alinhado com o nazismo - é uma exceção, definitivamente não é. Existem vários outros líderes religiosos com essa mesma linha de pensamento, inclusive aqui no Brasil. Ou alguém duvida que pessoas como Malafaia ou Bolsonaro não aprovariam algo parecido? 

Foi exatamente discursos assim que nos trouxeram o holocausto, o genocídio de Ruanda, e até mesmo os "julgamentos" nos Tribunais da Santa Inquisição. O ódio mata, e deve ser interrompido. Liberdade de expressão e liberdade de culto não significam liberdade para incitar o genocídio.



PS: O vídeo foi removido do YouTube, por agredir suas políticas contra violação de direitos e apologia ao ódio.


Fonte: http://www.nossostons.com/2012/05/pastor-sugere-campo-de-concentracao.html#more

segunda-feira, maio 07, 2012

Número de Paradas gays brasileira caiu drasticamente: de 205 em 2009 para 64 em 2012


Por: Marcelo Cia
Neste ano de 2012 acontecerão 64 Paradas Gays no Brasil, segundo consta no site da ABGLT, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros. É um terço do número de eventos ocorridos em 2009, quando 205 Paradas Gays aconteceram no país. É menos também que em 2008, com 100. Em 2010 aconteceram 201 eventos do orgulho. Em 2011 o número já caiu: 160. Algo aconteceu de lá para cá. Neste prazo tão curto de tempo, mais da metade das Paradas Gays brasileiras deixaram de existir. 


Pode ter havido uma diminuição sensível do interesse da população neste tipo de evento. Pode também ter se esgotado recursos públicos que financiavam as Paradas. E pode ser (acredito que seja) uma união destes dois fatores. Em artigo publicado na edição de maio da revista JUNIOR, o ativista Oswaldo Braga, fundador do Movimento Gay de Minas, diz que as ONGs LGBT estão com sérias dificuldades em captar financiamento. 



Escreve ele: "os movimentos sociais organizados estão em crise. Centenas de organizações não governamentais, até bem pouco tempo únicas responsáveis por realizar importantes ações como assistência, formação e controle social, encerram suas atividades, deixam milhares de órfãos e, em alguns casos, colocam cidadãos honestos e de boa fé na desagradável situação de “inadimplentes” junto aos órgãos públicos. Mas, os problemas não começaram agora e sua origem pode ser atribuída à relação que se estabeleceu entre essas organizações (não governamentais) e o governo. A maioria das ONG brasileiras, notadamente aquelas que trabalham com as populações com dificuldade de acesso aos serviços públicos, entre elas os gays, as lésbicas, as travestis, foram durante muitos anos sustentadas com recursos governamentais, sob a égide de ações afirmativas que acabaram submetendo-as a convênios draconianos, cujas regras não se ajustam à sua realidade."



Existe outra questão importante: a maioria das Paradas brasileiras era finaciada por recursos do programa nacional de DST-Aids, já que as Paradas significavam importantes reuniões de milhares de homossexuais e a informação sobre Aids e outras doenças era mais fácil de ser disseminada nestes eventos. O Programa de DST-Aids deixou de investir na prevenção da população LGBT? Ou está apenas dirigindo seus recursos para outros eventos?



De qualquer forma, as grandes Paradas, como as do Rio, de São Paulo, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte estão mantidas.

Novo documentário chama especialistas para falar sobre homofobia e bullying


O portal de notícias Acesso 21 voltou sua pauta para a homofobia e o bullying homofóbico em seu mais novo vídeo, o documentário “Meninos de Rosa, Meninas de Azul”. São cerca de 10 minutos de duração de uma esclarecedora e educativa mensagem sobre tolerância passada por especialistas no assunto e quem mais entende de ser gay, o próprio gay.

O documentário começa com uma propaganda do serviço do Governo Federal Disque 100, que desde o início do ano passado recebe denúncias de casos de preconceito e discriminação. Logo depois vem o desabafo pessoal do jovem Matheus Rodrigues, seguido por explicações do psicólogo Claudio Picazio e de Carla Cristina Garcia, professora de Antropologia da PUC-SP.

Direto, esclarecedor e super relevante. Confira: